
Edição: 471 | Texto por: Prof. Doutor Luís Proença e Mário Diniz
A identificação individualizada das aeronaves militares é um imperativofuncional, por razões de índole logística e operacional, sendo a matrícula ou «número de cauda» de uma aeronave o seu elemento distintivo mais relevante.
Na aviação militar portuguesa, ao longo do tempo, foram utilizados vários sistemas de identificação numérica das aeronaves. Num processo evolutivo, as normas orientadoras foram sendo alteradas no sentido de ultrapassar as dificuldades que iam surgindo, no âmbito da gestão administrativa dos meios aéreos. Entre estas, contavam-se situações limitantes, como seja a existência de um escasso número de registos disponíveis num dado momento ou a necessidade de integrar um tipo de aeronave distinto daqueles que eram contemplados pelo sistema.
O mais recente passo neste contexto deu-se em 2019, com a entrada ao serviço dos helicópteros AW119 Mk.II Koala, quando para efetivar o seu registo foi ativada uma nova série de matrículas. Esta, prevista e enquadrada pelo sistema de numeração em vigor, que foi introduzido em 1993, caracteriza-se pelo facto de ser iniciada pelo dígito «2», mantendo-se uma sequência de cinco dígitos como estrutura de base de cada matrícula atribuída.
Numa perspetiva histórica, aqui se apresenta um resumo da evolução dos sistemas de numeração de aeronaves utilizados pela Força Aérea, desde a sua constituição até à atualidade, realçando particularidades que surgiram na atribuição de algumas matrículas.